ESTUDANTES DA FACULDADE DE CIÊNCIAS DA UNIROVUMA EM ESTÁGIO TÉCNICO-PROFISSIONAL

Setenta e oito (78) estudantes e seis (6) docentes do curso de Geociência da Faculdade de Ciências da Universidade Rovuma (UniRovuma) encontram-se nos distritos de Lalaua e Ribáuè com objectivo de descrever o florestamento geológico para efectuar o mapeamento dos principais depósitos de minérios que se encontram naquela região e, compreender os métodos e técnicas de extração e processamento usados na exploração da mina de ferro pertencente à firma indiana DAMODAR.

O estágio técnico-profissional enquadra-se no plano curricular do Curso de Licenciatura em Geologia, com vista a estimular e incentivar o espírito de pesquisa científica dos estudantes para garantir o desenvolvimento do conhecimento geocientífico e o espírito investigativo na comunidade geocientista focada na área das ciências da terra aplicadas no contexto moçambicano; diligenciar uma maior interação dos estudantes de ciências geológicas no sentido de compreender os métodos e experiências de extração e processamento usados na exploração da mina de ferro naquele ponto da Província de Nampula. Participaram deste estágio os estudantes do 3º e 4º anos do curso de licenciatura em geologia.

A UNIVERSIDADE ROVUMA INTRODUZ A LINGUAGEM PYTHON

A Universidade Rovuma acaba de introduzir a programação Python, considerada uma importante ferramenta no contexto actual da Inteligência Artificial (IA).

Segundo o director da Faculdade de Ciências, Luís Maxombe, a ferramenta vem complementar a Matemática tradicional.

A ferramenta Python faz parte de um projecto denominado Matemática Computacional, Matcom, financiado pelo ICEPE (International Center of Insect Phisiology and Ecology, que traduzido para português significa Centro Internacional de Fisiologia e Ecologia de Insectos), uma instituição do Quénia.

No quadro deste projecto, a Faculdade de Ciências recebeu, igualmente, mais de 40 livros de especialização em linguagem Python, a qual está programada para a criação de webs e tratamento de dados matemáticos.

O projecto visa o apetrechamento do laboratório de Matemática e formação de estudantes e professores de STEM da Universidade Rovuma em linguagem Python, considerada a mais acessível.

Por outro lado, no âmbito deste projecto foram formados 350 estudantes de diferentes áreas de conhecimento e 13 docentes, sendo que a meta é de formar 500 indivíduos em linguagem acima referenciada.

O custo global do projecto é de 98 mil dólares norte-americanos, segundo o director Luís Maxombe, e até ao momento foi gasto o equivalente a 370 mil meticais para a aquisição dos livros e este programa.

O outro projecto implementado pela Faculdade de Ciências é o de produção de biogás, suportado pelo mesmo financiador.

FACULDADE DE CIÊNCIAS ASSINALA DIA INTERNACIONAL DO FÍSICO

Numa cerimónia bastante concorrida, a Faculdade de Ciências da Universidade Rovuma (UniRovuma), assinalou, na última Segunda-feira, o Dia Internacional do Físico, um evento marcado por palestras, comportando diversos temas científicos, e actividades culturais.

Falando na abertura da cerimónia, Gisela Jossamo, chefe do Departamento de Ciências Naturais, explicou aos presentes que o 19 de Maio é consagrado Dia Internacional da Física por conta das inovações que o cientista físico-matemático Albert Einstein introduziu nesta área de conhecimento.

Para Gisela Jossamo, é imperioso que os estudantes sigam o legado de Einstein por forma a contribuírem, da melhor forma, nas inovações por si iniciadas, tendo como foco o desenvolvimento da ciência e do seu próprio crescimento intelectual.

O Dia Internacional do Físico decorreu sob o lema Física Moderna e Avanços da Ciência no Século XXI e na cerimónia realizada na UniRovuma foram apresentados seis temas abordando diferentes aspectos desta área de conhecimento, destacando-se Os Desafios da Mulher na Física e Imperativos da Inteligência Artificial para a Evolução das Pesquisas em Física Aplicada.

Os palestrantes vincaram a necessidade de os estudantes aplicarem-se mais na pesquisa científica, pois os actuais momentos são desafiantes, principalmente porque a Inteligência Artificial está, cada vez mais, a ganhar espaço, ameaçando a própria existência humana.

A UNIROVUMA ACOLHE O LANÇAMENTO DO LIVRO “O DESAFIO MOÇAMBICANO DA LAICIDADE”

A Universidade Rovuma e o Instituto de Estudos Sociais e Económicos (IESE) lançaram, na última Segunda-feira, em Nampula, o livro “O Desafio Moçambicano da Laicidade”, uma obra organizada pelo Professor Catedrático Severino Ngoenha e que contou com a participação dos  professores Felizardo Pedro Nicula, Arcénio Cuco e Agostinho Bom Filho.

O lançamento da obra realizou-se no Centro Cultural da UniRovuma (CECUR) e contou com a presença de inúmeras individualidades, entre elas o Vice-reitor da instituição, Ibrahimo Mussagy.

O organizador da obra, Severino Ngoenha, solicitado a tecer alguns comentários em torno da mesma, afirmou ter participado, pessoalmente, em muitos encontros com várias pessoas de diferentes culturas em todas as províncias da região, com intuito de criar pontes que levasse a que as pessoas pudessem juntos coabitar, não obstante as diferenças das suas crenças.

“O instrumento disso é a nossa Constituição da República que define Moçambique um país laico; e um país laico significa que cada um tem direito às suas praticas religiosas, mas tem o dever de respeitar as convicções dos outros. O estado nasce como garante disso”, explicou Ngoenha.

Ele acrescentou que a equipa que produziu o livro apoiou-se em três instrumentos, designadamente, o facto de estar em curso a legalização dum observatório das religiões, o processo de aprovação dos cursos de licenciatura e mestrado sobre ciências religiosas o último a própria redacção do livro.

Questionado sobre os recentes ataques realizados pelos insurgentes à Reserva Especial do Niassa, uma das principais áreas protegidas de Moçambique, Ngoenha respondeu que o posicionamento dele a respeito já consta do livro.

“Há necessidades de pensarmos em um conhecimento maior daquilo que nós somos, das nossas especificidades, mas, sobretudo, das nossas diferenças. Em segundo lugar, há necessidade de pautarmos pela tolerância, e tudo isto pode ser alimentado por um conhecimento e aplicação mais rigorosa daquilo que é a Constituição de Moçambique”, acrescentou a fonte. 

Para Severino Ngoenha, a laicidade de que falamos significa a liberdade de prática de culto, mas, ao mesmo tempo, uma tolerância intrínseca daqueles que podem não acreditar as mesmas coisas que nós”.

Por seu torno, o Vice-reitor para área Académica, Ibraimo Mussagy, falando como um dos convidados ao encontro, sublinhou que a Universidade tem o desafio de promover a pesquisa e disseminá-la, sendo a elaboração deste livro o resultado desse árduo trabalho. 

Segundo o Vice-reitor, a questão de tolerância não deve ser vista numa perspetiva da tolerância religiosa, mas também da tolerância política, do respeito mútuo e da valorização destas diferenças no seio do pluralismo em Moçambique.

“Em resposta a um dos eixos que o livro menciona, nós já demos o primeiro passo, os nossos cursos de licenciatura e mestrado em ciências da religião estão em passos largos e, neste momento, estamos à espera da sua acreditação pelas entidades competentes. Se estiverem criadas as condições, estes cursos entrarão em vigor no próximo ano, tornando a nossa instituição a primeira no país a incluir nos seus curriculas”, continuou o Vice-reitor.

DESAFIOS FINANCEIROS ESBARRAM ESFORÇOS NA FORMAÇÃO DE ENGENHEIROS

O Vice-reitor da Universidade Rovuma, Ibraimo Hassane Mussagy, reconheceu que os desafios financeiros que as instituições moçambicanas de ensino superior enfrentam esbarram esforços tendentes à formação de engenheiros de várias áreas.

Ibraimo Hassane Mussagy falava no passado dia 3 de Maio, no Campus Universitário de Napipine, na abertura de um ciclo de palestras e outras actividades alusivas ao Dia de Engenheiro de Moçambique, celebrado nesta data no país.

O Vice-reitor ilustrou que, do total de estudantes inscritos no ensino superior em Moçambique, não mais de 30% frequenta cursos ligados às áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, o que evidencia o quão é difícil ter números consideráveis de moçambicanos nestes campos.

Ele lembrou aos discentes que o papel de uma Universidade é solucionar os problemas das comunidades. E “é nesse sentido que os nossos estudantes devem começar, desde já, a procurar soluções para os problemas locais”.

“O nosso estudante deve ter responsabilidade”, continuou Ibraimo Hassane Mussagy, “e essa responsabilidade deve ser acompanhada pela racionalidade dos recursos disponíveis”.

Um dia antes da data comemorativa, realizaram-se feiras de ciências tecnológicas, amostra de protótipos, competições, sessão de perguntas e interação com os start-ups, para, no dia seguinte, ocorrerem palestras com os seguintes painéis temáticos: “Engenharia e Sustentabilidade”, “Mulher na Engenharia” e “Tecnologias Emergentes”, apresentados, respectivamente, por Sidónio Turra, Saidelamine Mahadal e Uneiza Ali Ossufo.

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